quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Vegetariamos

sol,

tanto e grande sol!

fama de astro, de drama, em chama.

raios de energia, geração de vida no planeta estufa.

folhas e mais folhas. verdes folhas molhadas de chuva!

lindos pedaços verdes de poderosíssima evolução. da luz se faz

alimento aos bichos e nós, bichos. frutificamos da energia solar.

verdadeiros frutos dessa copa hão de vir, é época. porém antes

lindas flores a desabotoar; coloridas de delicadeza. néctar

aos visitantes que de tamanha sede não percebem o que

estão a fecundar. sim, os recomendáveis frutos

de nossa dieta. lambuzados em suculência e

deliciado pelos frutos esquecemos suas

sementes ao chão. germinam

novos troncos.

tronco casca,

seguro forte.

casca e látex,

seiva de lucro.

madeira de lei

sem lei. Início do

fim. madeira imóvel

aos nossos móveis, um

eterno monumento à morte.

esperança! raízes filtram o caos,

a lama. água; terra; crianças. nossa

ultima raiz.

Zé Zuppani

zezuppani@fotonatural.com.br

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Tentativa Frustrada.

Este texto é fruto de parceria minha com Carlos Drummond de Andrade. Sem que ele saiba, concorde ou esteja vivo, é lógico! E veja bem, acho que se ele soubesse o que estou fazendo, não estaria muito contente. Isso porque se para ele poesia era coisa séria, imagina a frustração de fazer uma parceria comigo sendo que eu nem tenho coragem de me intitular poeta.

Essa falta de coragem minha não vem apenas do fato de eu não ter escrito algo fantástico até o momento, mas principalmente por nunca ter mergulhado no mundo literário. Para começar tenho que parar de querer ser um poeta somente por inveja de ser um Drummond. Outra coisa importante é entender que essa aproximação momentânea com a escrita, por efeito de uma doença que estou passando, deve ser apenas o estopim e não o auge de minha interação com o mundo lírico. Esta atividade de meu desejo tem que fazer parte de meu cotidiano; lendo, contemplando e agindo.

Assim, estaria intimo da literatura mas ainda não seria um poeta. Principalmente porque minha pretensão não é ser escravo de inspirações corriqueiras que parecem sensacionais mas acabam sendo apenas sensacionalistas. E para me defender de mim mesmo e da opinião alheia, vale muito ter as armas da técnica e da teoria em mãos. Pois com elas, saberei ao menos o que estou fazendo com minhas próprias palavras.

Zé Zuppani

ze@fotonatural.com.br

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Tempo e o andamento

Do relógio e calendário à terra em rotação,

são coisas que ajudam em sua percepção.

Tempo! Regra natural de ritmo marcado,

sempre pontual como verdade absoluta

pouco importando qual é nossa conduta.

-

Mas quem se atreve a viver sabe muito bem

que o tempo aqui, de constância nada tem.

Fingindo ser justo e que por nada se altera,

como pode em vezes fazer que nos acalme

e por outras ser prisão que nos desespera?

-

Para momentos em que há dor e sofrimento

os segundos nunca têm velocidade desejada.

O minuto faz questão de passar bem devagar!

Sessenta tiques e taques, lentos, anunciando

outros sessenta segundos que estão a chegar.

-

O mesmo minuto resolve ser bem pouquinho

quando mergulhamos nas fantasias do amor.

Enfeitiçando os amantes por pura maldade,

cada minuto se vai como fragmento de hora

deixando-os em eterna sensação de saudade.

.

.

Zé Zuppani

zezuppani@fotonatural.com.br

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Equilíbrio de alguém

O nosso personagem de hoje está longe de ser um vulcão ativo de emoções. Nem de perto se assemelha aos dramáticos e radiantes apaixonados que agem com o coração e só! Capazes de loucuras em nome do amor, não importando o arrependimento futuro. Portanto, hoje estamos falando de alguém que as vezes raciocina suas ações.

Mas, distante está o nosso personagem de ser um convicto de lógicas exatas ou um exímio organizador de pensamentos. Não é um sistemático analisador de cada passo que dá com suas pernas. Isso tudo entupiria seu cérebro que logo ficaria entediado por pensar tanta racionalidade em cada ato.

Tendo a noção de estar fora das possibilidades citadas acima, nosso novo amigo separou um tempinho de sua vida para pensar sobre o que poderia ser ele então. Após sentimentos e pensamentos chegou a conclusão de que um “pedaço de bolo” havia restado para ele. Bolo com cobertura de orgulho momentâneo. Isso porque estava enfim com uma sensação-convicção de que sua especialidade era o bom dialogo entre mente e coração.

Zé Zuppani

zezuppani@fotonatural.com.br

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Auto ajuda terceirizada

Dê risada.... Seja feliz! Isso lhe fará muito bem. Fale a verdade, essa dica é genial não é? Muito provável que seja algo tão espetacular que quase ninguém tinha pensado nisso antes. Esse texto inaugurou uma nova linha de pensamento. E já que você descobriu aqui o segredo da vida, agora tudo ficou mais fácil. Dica grátis: Exercite seu Ríceps. Não sabe o que é isso? Você está por fora das ultimas modas da auto ajuda contemporânea, heim? Ríceps é o músculo facial responsável pela risada e que em grande parte da população se encontra da costeleta até os buraquinhos do nariz e segue até a bundinha do queixo. É claro que normalmente ele está bem sedentário e atrofiado. Mas nunca é tarde. Vá! Estimule-o! Enquanto isso, limpe as teias de aranha dos cantos inóspitos de seu cérebro. Pegue uma vassoura de pensamento e vasculhe os lugares da mente que você finge que não tem. Lá estão pensamentos revolucionários ou preguiçosos. Muitas vezes é ali que se encontra a história de vida que você podia ter tido se não tivesse sido tão burro de ser quem é. Não tenha vergonha de pensar coisas pecaminosas. Ao menos em pensamento e principalmente a respeito do folgado autor deste texto. Deixe coisas tidas como obscuras fluírem como um catarro de sinusite! Hummm.... Seu pecador de primeira linha! Viu quanta besteira tinha dentro dessa cachola.

Zé Zuppani

zezuppani@fotonatural.com.br

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Buscas

Alcântara é um cara de raciocínios precisos. Mas sua paixão nada tem de lógica. Ele é cientista responsável por emitir sinais para o espaço em busca de vida extraterrestre. Ao voltar do laboratório sempre se queixa à esposa que sua missão é impossível. “ O que sensibilizaria um ET, o Som? A Luz? O Calor? O Raio-x? O Cheiro? O Amor?” E baixinho, fala na hora de dormir: “Se o universo é infinito, onde devo procurar?”. O curioso é que mesmo depois de 30 anos sem obter nada de resposta esse cientista segue igualmente motivado em prosseguir. Quase todo café da manhã, antes de ir trabalhar, está animado. E diz aos filhos que encontrou a solução.

Enquanto isso, outro terráqueo admira a vida que existe aqui. Seu nome é Noel. Para ele tudo que é vivo é mágico. Mas sendo ele um ser humano, é exatamente o seu semelhante que ele pouco entende. Noel sempre está pelos bares dizendo: “Como posso ter os humanos como razão de meu maior ódio e meu maior amor?” Resolveu então que emitiria sinais para os terráqueos em busca de compreensão. “Quero enviar a mim mesmo como sinal às outras pessoas”. E de forma intuitiva foi atrás da solução para tal façanha. Construiu uma linguagem própria de se comunicar, sua arte. Através desta, aos poucos, vai se formando uma comunidade ao redor de Noel. Ajudando-o a sentir-se mais em casa aqui na Terra.

Zé Zuppani zezuppani@fotonatural.com.br

domingo, 8 de agosto de 2010

Imaginem

se viver é o que sentimos em cada cantinho,

como podemos dizer que nada vai mudar?

um simples olhar de muito jeitinho

e tudo está sujeito a se transformar.

num estalo de dedo, o mundo remexe todinho

na velocidade do nosso pensar.

Zé Zuppani
zezuppani@fotonatural.com.br

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Perguntas que não são perguntas.

Durante vários meses estive muito doente e por isso falou-se e perguntou-se muita coisa para mim. Ouvi afirmações como “isso é falta de Deus no coração.” Após ouvir isso eu sempre pensava que não queria um Deus no meu coração que me deixasse doente por não tê-lo em meu coração. Seria um Deus ditador!
Entretanto teve uma sequência de perguntas que me chamou muito atenção nesse período: “Mas e o seu lado espiritual como está?” Eu respondia que minha espiritualidade continuava a de sempre ou até estava melhorando com a experiência de passar por uma doença. Mas a pessoa não ficava satisfeita com minha resposta e perguntava em seguida: “Você tem religião?” E minha reposta parecia não agradar novamente pois era um não. Então vinha a pergunta que de fato me levou a escrever este texto. “Mas o importante é acreditar em Deus, não é?” Após essa pergunta eu nunca sabia o que responder. Parece fácil mas não é, ao menos para mim. Primeiro porque não sabia o que aquela pessoa estava querendo dizer com a palavra Deus. Eu não sabia sua crença, religião ou valores pessoais então estaria mentindo se dissesse que acreditava. Segundo porque se eu respondesse que sou um Ateu, isso causaria um desentendimento porque quase nenhum religioso parou para pensar sobre o que é ateísmo. A outra pessoa não entenderia o que sou apenas com a palavra Ateu. O que responder então?
Me parece que o que importava nessa situação era responder palavras corretas como ”Senhor Todo Poderoso”, ao invés de uma saudável conversa sobre minhas ações, emoções e reais crenças. No fim nada falei sobre minha espiritualidade para a perguntadora e aqui no texto. Mas essa é uma consequência de se perguntar quando na verdade já está definido qual deve ser a resposta.
Zé Zuppani
zezuppani@fotonatural.com.br

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Gente existente

aqui está mais uma alma que, em falso juízo,

pensou estar vivendo dentro de um corpo.

supondo que sua existência, neste momento,

está dividida em parte material e parte espiritual.

“meu corpo, um lar vestido e depois carcaça.”

divisão esta apoiada por religiões.

“seu espírito será salvo, seu corpo será cinzas.”

e até linguisticamente através dos dicionários.

“a parte material, animal, ou carne, do ser humano,

por oposição à alma, ao espírito.”

livros estes que chegam à última consequência.

“o humano morto; cadáver.”

passado o meu falso juízo, enfim sinto-me como

uma unidade de carne, osso, sonho e filosofia.

“bom mesmo é um corpo intelectual e não

uma roupa do pensamento da gente.”

Como chegar a essa iluminação?

analisando? calculando? medindo? comparando?

não, não! a coisa é mais abrangente.

“o sub e o consciente voando juntos e o chão

fazendo carinho nos pés.”

e por fim somos uma única coisa,

tão corpo quanto mente. é a existência da gente.

Zé Zuppani

zezuppani@fotonatural.com.br

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Preocupações sócio existenciais 1


Estou aqui para tentar ser inteligente o suficiente para desvendar o que é a Inteligência. Desde criança sei que é algo que pode ser medido. Quem obtiver o maior número é o campeão. Testes ou currículos bem sucedidos são provas concretas de um ser acima da média. Será apenas isso? Sempre me chama a atenção quando encontro pessoas de pensamentos simples que, independente de seus “números” serem altos ou baixos, cultivam a própria felicidade. “Coitados, pelo jeito são pessoas meio lerdinhas”, pensam os bem sucedidos, a respeito daquelas pessoas simples. No fim, pensei e pensei e acabei confuso com a divergência que criei. Calma!! Deixe-me tempo para refletir...
Ahaá! Acho que encontrei um raciocínio que talvez terá resultados. Desde os índios até as futuras Civilizações Humanas, a natureza criou e criará um único teste de inteligência: Ser feliz da vida. “Inteligente há de ser o homem que se dedicar a felicidade”. Que beleza, sinto-me feliz e inteligente com essas profundas conclusões.
Ops!? Espera só um segundinho; o que é felicidade mesmo?
Zé Zuppani
zezuppani@fotonatural.com.br

Nara Assunção e Zé Zuppani

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